sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Restaurações: Arado John Deere 202H Two Way Plow

- Resolvi contar sobre a reforma deste arado pois acredito que muitas pessoas não imaginam o trabalho que é necesário para se reformarem certas peças, tratores, carros... enfim, a enorme diferença entre o estado em que se encontravam e o resultado final do trabalho.
- No mês de outubro de 2009, eu comprei e fui buscar numa fazenda em Pindamonhangaba-Sp um arado antigo da marca John Deere. Na realidade, eu havia visto o arado meses antes quando fui até a fazenda, buscar dois tratores, mas esta é outra história.
- Ao comentar com um amigo sobre o arado e mostrar a ele algumas fotos, ele me sugeriu que poderiamos trazer o arado desmontado em uma caminhonete. Então após negociar com o dono, fomos buscar o arado.


- Quando vi o arado imaginei ser da marca John Deere pelas aivecas e pelas rodas e também porque um senhor amigo dos donos da fazenda, e que ajudou a desmontar e carregar, contou que este arado era puxado por um tratorzinho de esteira John Deere MC na fazenda.
- Quando começamos a desmontar o arado, para minha surpresa encontrei os escritos John Deere, e também o escrito do modelo do arado: 202 H Two Way. O arado estava bem enferrujado, mas era possível ver restos da cor verde e do amarelo (quase branco) das rodas e escritos. Outra coisa boa foram as porcas quadradas do arado que soltavam facilmente, não sendo necessário usar muita força ou cortá-las com maçarico.



- Antes de descarregar o arado, pesei a carga total que trouxemos. O resultado foi 1200 kgs na caminhonete, incluindo o arado, ferramentas, rodas e pesos de lastro de um trator.


- Ao iniciar a "reforma" resolvi levar o arado para o jateamento completo, o que depois de feito, vi que colaborou muito para que o serviço final ficasse bem feito. Antes de jateá-lo também tirei fotos dos escritos da marca e modelo do arado com uma régua para poder reproduzir na mesma medida os escritos.
- Por sorte também, encotrei na loja de tintas o catálogo com as cores verde e amarelo da John Deere que deixaram a pintura ainda mais original.






- Para reproduzir os escritos como os originais, mandei fazer adesivos vazados, que funcionavam como formas para a pintura de amarelo. Aqui uma curiosidade. O rapaz da gráfica para reproduzir o veado do símbolo da JD no adesivo se enganou e usou o símbolo usado pela JD após o ano 2000. Fui notar isso somente após postar as fotos da reforma em um fórum e um rapaz perguntar porque troquei o símbolo da John Deere antigo pelo novo.
- Nas rodas, optei por cortar dois pneus e colocar a borracha nas rodas de ferro, pois iria arrastar o arado no asfalto e cimento.





- Depois de pesquisar na Internet descobri ser este arado um modelo 202H Two Way, ou seja, de ida e volta. Seria o mesmo que um arado reversível, porém este arado tem quatro aivecas e trabalha com somente duas. Ao retornar, ergue-se as duas de um lado e abaixa-se as outras aivecas e retorna-se na mesma linha. Ele tem um pistão hidráulico, o que era meio difícil de ser ver naquela época (início dos anos 50) em implementos, principalmente aqui no Brasil.


- Falando em pistão hidráulico, para consertá-lo foi outra novela. O pistão ainda tinha óleo dentro, porém como a haste do pistão ficou esticada, ela enferrujou. Mandei o pistão para uma empresa especializada neste serviço, e para minha surpresa o preço para deixar o pistão funcionando era maior do que o que paguei pelo arado. Resolvi por hora deixar o pistão de lado, mas por sorte um mecânico me ajudou dizendo ser necessário somente uma haste nova, que me custou 180 reais, o resto ele se propôs a arrumar.
- Para arrumar o pistão apenas "calçamos" os reparos do pistão que já estavam gastos, e colocamos a haste nova. Após isso comprei duas mangueiras novas e engates rápidos atuais, pois os do arado eram diferentes e exclusivos dos JD antigo. Finalizando então, o conserto do pistão com a haste nova e as mangueiras, acabou por custar mesmo mais do que paguei pelo arado. Mas valeu a pena.







- Após tudo finalizado e o arado montado foi hora de acertar os detalhes finais. Comprei novas molas bem parecidas com as originais e troquei os bicos de engraxar por novos.
- Infelizmente ficou faltando um disco de corte, que ele não tinha, e alguma peça do sistema de desarme automático do arado.
- Ainda não coloquei o arado para "trabalhar", talvez nem o coloque, mesmo que apenas como curiosidade.

- Todas as fotos da reforma do arado podem ser conferidas em: http://picasaweb.google.com.br/TratoresAntigos/AradoJohnDeere02

Fotos: Lanz Bulldog do Museu de Avaré

- Recentemente, após um comentário deixado aqui no blog, vi a foto abaixo de um trator Lanz Bulldog no blog Carros Órfãos, e que, no primeiro momento imaginei ser o Lanz Bulldog da AAVANT - Associação Avaré de Antigomobilismo, pois mencionavam no blog ser a foto em Avaré.


- Como sabia que um trator Lanz havia sido doado ao museu da AAVANT, procurei no site da Associação e encontrei as fotos abaixo que mostram o mesmo trator exposto no museu, ainda sem ser restaurado.

- Achei bacana a foto que foi enviada ao blog Carros Órfãos pois é um retrato perfeito de como a maioria dos tratores antigos foram abandonados pelo Brasil. Pela foto podemos ver que este Lanz aguentou firme seu abandono neste lugar por anos!!

- Abaixo as fotos do mesmo trator já no museu em Avaré.






quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Fotos Antigas: Tratores de esteira em Tapiratiba

- Mais uma bela imagem da cidade de Tapiratiba, enviada pelo amigo Rodolfo. Esta foto mostra ele a frente de uma dupla peso pesado! Um Caterpillar D6 e um International TD18!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Fotos Antigas: Trator Famulus em Santa Maria - RS

- Décadas atrás, na comemoração do 7 de Setembro da cidade de Santa Maria - RS, desfilava um trator Famulus, conforme vemos na foto abaixo. A foto foi enviada pelo André, da mesma cidade, e quem dirigia o trator era o seu pai. 



sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Fotos Antigas: Trator Lanz Bulldog em Tapiratiba

- Mais algumas belas imagens de um ícone alemão, o trator Lanz Bulldog. Este exemplar da foto pertencia a uma fazenda em Tapiratiba-SP, e hoje foi reformado e pertence ao amigo Rodolfo.

- Nas fotos, o trator ainda em atividade na fazenda, rebocando um carreta de lenha.




Fotos Antigas: Trator Lanz Bulldog da Fazenda Salto Grande

- A Fazenda Salto Grande em Americana tinha em seu maquinário um trator Lanz Bulldog, o qual podemos ver nestas fotos, no cultivo do algodão e depois, nas outras duas fotos, preparando o terreno para plantar.

- Este modelo de Lanz é bem antigo, principalmente pelos escritos na frente do trator, o bloco do radiador, o escapamento bem mais fino e as rodas de ferro. Certamente uma unidade das primeiras levas de Lanz Bulldog que vieram ao Brasil.

- Estas fotos retirei do álbum de fotos de Werner Plaas no Picasaweb.




Fotos Antigas: Tratores Deutz em Tapiratiba

- Estas belas imagens enviadas pelo amigo Rodolfo mostram diversos tratores Deutz na cidade de Tapiratiba-SP. Estes tratores trabalhavam nas terras da então fazenda em que o Rodolfo trabalha, na mesma cidade.

- Podemos conferir nas fotos os modelos Deutz DM 55, DM 65, uma Carregadeira de cana e o modelo DM 75.






  









quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Fotos Antigas: Tratores Fordson no Rio de Janeiro

- Em visita ao Blog dos Carros Antigos pude conferir as fotos antigas de uma exposição de automóveis Ford no Rio de Janeiro, onde "roubei" uma foto aqui para o blog.

- As fotos nos remetem ao ano de 1925, e para minha surpresa uma foto mostrando quatro tratores Fordson, equipados com arado e também uma provável plaina ao fundo.

- Os dizeres da faixa: P.S. NICOLSON & CO. vou arriscar dizer que era o importador dos tratores na época.


terça-feira, 3 de agosto de 2010

Fotos: Fábrica da Valtra Tratores

- No dia 21 de Julho estive em Mogi das Cruzes-SP para uma visita a fábrica da Valtra. A empresa hoje pertence ao grupo AGCO e neste ano de 2010 comemorou 50 anos de Brasil.

- Valtra é o nome para os novos, pois para quem está no ramo já há algum tempo o nome Valmet ainda é o que usamos com frequência.

- No salão de recepção dos visitantes da empresa fica o Valmet 360 Diesel com numeração de série 01 (foto abaixo).  Este foi o primeiro trator nacional produzido pela Valmet em 1960.

- A Valtra se destaca hoje por ser a primeira empresa a desenvolver um motor exclusivamente agrícola para os tratores de linha média, e também a primeira empresa a usar o intercooler em motores diesel agrícolas. A Valtra também é pioneira no uso de biodiesel nos motores de sua linha.

- Abaixo algumas fotos da empresa e de tratores no pátio a espera do embarque para as revendas do país ou para exportação.







sexta-feira, 2 de julho de 2010

História: Velho, mas bom de briga!

- Há 19 anos atrás os tratores Landini, como o da reportagem, já eram antigos. Considerados na época os "Reis da Sucata", hoje então os que restaram são verdadeiros heróis.

- Famosos em toda europa, principalmente na Itália sua terra natal, onde são conhecidos como Testa Calda, estes tratores tem um motor diferente da maioria, mas de uma mecânica muito simples e funcional. O termo  italiano "Testa Calda" se refere ao cabeçote incandescente que fica na frente do trator, o qual é necessário aquecer para a primeira partida do mesmo.

- Este princípio de motor é bem mais antigo que os próprios tratores. Foram fabricados inicialmente como motores estacionários e se destacaram pela simplicidade e fácil manutenção. São realmente motores que "não param nunca", e logo foram aplicados aos tratores como o Landini (Italiano), Lanz Bulldog (alemão), Ursus (Polonês), Pampa (Argentino), e outros, menos comuns para nós aqui no Brasil, como Orsi, HSCS, SF Vierzon, Bubba....

- As fotos abaixo são de uma reportagem da revista Guia Rural de Março de 1991, época em que funcionar um Landini já era coisa para louco. Na reportagem alguns donos de Landini da cidade de Piracicaba fazem seus relatos de como era trabalhar com o Landini, e relatam o funcionamento do mesmo desde a partida até a famosa história de que esses tratores funcionavam com qualquer combustível, óleo crú, óleo queimado, e até banha de porco durante a escassez da guerra.