terça-feira, 3 de abril de 2012

Histórias: O batismo da Colheitadeira

- Para provar que antigamente toda máquina agrícola era uma "novidade" quando de sua chegada, aqui vai uma belíssima história! A colheitadeira: Uma John Deere! O ano: 1956! E toda a história e fotos, que retirei da página Almanaque Gaúcho de Ricardo Chaves, segue abaixo:


 " O batismo da Jandira"


"Por volta de 1956, Lagoa Vermelha viveu um acontecimento inusitado: o batismo da primeira colheitadeira automotriz do município e uma das primeiras do Rio Grande do Sul. Sua aquisição foi uma das muitas iniciativas pioneiras do agropecuarista Heliodoro Moraes Branco (Athos), que era também oficial do Registro de Imóveis e Especial do município.
Até chegar à cerimônia do batismo, não foram poucos os obstáculos vencidos, a começar pela montagem da máquina. Ela foi importada e, enorme como era, veio desmontada. O técnico encarregado dos trabalhos de montagem era bom de mecânica, mas não tanto no inglês. Depois de algum tempo, foi substituído por outro, que era bom de inglês, mas... não tanto de mecânica.
A máquina enfim ficou pronta, sobraram algumas poucas peças, e aí surgiu o novo desafio. Levá-la da oficina mecânica onde fora montada até à Granja Passinho Fundo, do seu proprietário, a alguns quilômetros da cidade. Sua enorme largura e, sobretudo, a grande altura eram de fato problemáticas, e acabaram provocando o rompimento de alguns fios da rede elétrica.

Uma vez no local, foi feita a cerimônia de batismo, com bênção do vigário local, Frei Humberto de Flores da Cunha (no alto da máquina, ao lado da Rainha do Trigo, na foto abaixo), e garrafa de champagne (na época, podia-se chamar assim). A máquina era capaz de colher diversos tipos de cereais, mas foi comprada visando principalmente ao cultivo do trigo. A soja ainda não chegara aos campos do Rio Grande e o trigo era a grande presença nas lavouras lagoenses. Heliodoro, proprietário da máquina, aparece atrás das rodas dianteiras, de cabeça baixa.


À direita, com máquina fotográfica, está Silvano Sanson, sócio-proprietário da oficina onde a automotriz foi montada. Os outros dois sacerdotes são os freis Celestino Dotti e Fidélis Dalcin Barbosa.
Mas, por que Jandira? A máquina era da marca John Deere, mas os empregados do dono, pouco letrados, abrasileiraram o nome, mudando inclusive o “sexo” daquela maravilha tecnológica.
(colaborou Pércio de Moraes Branco)"

3 comentários:

Anônimo disse...

parabens pela bela historia gosto muito de coisas antigas sou colecionador
MARCELO VITOR SECCO TAPEJARA RIO GRANDE SUL

Anônimo disse...

ZIKA DA BALADA

Anônimo disse...

ZIKA DA BALADA