segunda-feira, 6 de abril de 2015

Fotos Antigas: Desfile de tratores Fordson em Martinópolis-SP


- Bonita foto de um desfile realizado pela então concessionária Ford Jomar, na cidade de Martinópolis - SP. Na foto a fila de "Majores" é extensa, passando de dez Fordson Major que podem ser contados na imagem.

- Se levarmos em conta ser um desfile promocional da concessionária, os tratores seriam todos novos ou recém adquiridos pelos agricultores, e a foto seria datada como final dos anos 50 ou até início  da década de 60.

- A imagem foi gentilmente enviada pelo leitor do blog sr. Vitor Hugo, e pertence ao acervo do jornalista e escritor sr. José Carlos Daltozo.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

História: O protótipo de trator F.N.M.

*** Texto e fotos retiratos da página www.lexicarbrasil.com.br com algumas alterações.

*** Nota deste blog: O resumo de uma longa história envolvendo até a Guerra Mundial com a fabricação de tratores no Brasil além de uma rara e curiosa foto do modelo que poderia ter sido o primeiro trator brasileiro pra mim foi novidade e surpresa, que graças ao belo site Lexicar, podemos compartilhar essas informações!

A F.N.M. - Fábrica Nacional de Motores foi fundada em 13 de junho de 1942, em plena 2ª Guerra Mundial, em Duque de Caxias (RJ), com o objetivo de fabricar motores de aviões, razão que se perdeu em 1945, com o final do conflito. Após alguns anos de indefinição, em 1949 a FNM iniciou a fabricação de caminhões pesados, tornando-se, assim, a primeira indústria automobilística do país.

- Os primeiros capítulos desta história se desenvolveram durante o Estado Novo, período ditatorial do primeiro governo de Getúlio Vargas. Tiveram início, mais precisamente, em outubro de 1938, através da portaria do Ministério da Viação e Obras Públicas nomeando o engenheiro aeronáutico Antônio Guedes Muniz para “estudar e propor os meios para o estabelecimento de uma fábrica de motores de avião” no país. Embora a decisão tenha sido rápida, já em 1940 sendo liberada a parcela de recursos destinada ao detalhamento do projeto, o início da Guerra retardou o processo, especialmente as negociações com a norte-americana Wright, empresa escolhida para fornecer a tecnologia dos motores aeronáuticos. A questão só foi equacionada em 1943, durante o encontro entre Vargas e o presidente dos EUA, quando foi barganhada a entrada do Brasil na Guerra, junto dos “Aliados”, em troca do apoio norte-americano ao reequipamento das Forças Armadas e à implantação da Companhia Siderúrgica Nacional e da FNM: no bojo da discussão estava o aval à fabricação local dos motores Wright, operação coincidentemente de interesse dos EUA, em função da vantagem de dispor de um fornecedor de motores aeronáuticos localizado em área segura, distante da Europa e Ásia conflagradas.

Um país agrário fabricando motores de aviões?

- A FNM nasceu, assim, sob a égide militar: o perímetro onde foi instalada foi considerado área de segurança nacional e a ela foi aplicado o Regulamento das Forças Armadas. Seus trabalhadores receberiam certificado de serviço militar, significando, portanto, serem operários “incorporados”; o abandono do emprego era considerado deserção. O projeto aprovado pelo governo era ambicioso, prevendo a instalação de três indústrias contíguas: a fábrica de motores aeronáuticos (FNM), a Fábrica Nacional de Tratores (cujos planos chegaram a ser preparados ainda antes do final da Guerra, porém não implantados) e a Fábrica Nacional de Aviões de Transporte. Além do papel simbólico que o empreendimento representava – uma indústria avançada num país atrasado tecnologicamente – as três unidades se pretendiam (bem de acordo com o discurso ideológico parafascista do primeiro governo Vargas) uma “escola de formação do trabalhador brasileiro” e um importante instrumento para a criação do “homem novo”.

- Dirigida pelo (já então Brigadeiro) Guedes Muniz, o empreendimento foi concebido para servir de modelo do que seria um projeto nacional de cidade Industrial autosustentada – a “Cidade dos Motores”. Nela, em torno do parque industrial (com as principais seções instaladas no subsolo, com ar condicionado e iluminação artificial, protegendo-as de remotos bombardeios) seriam construídas vilas habitacionais para “vinte a vinte e cinco mil habitantes“, com todos os serviços necessários à vida urbana (escola, assistência médica, comércio, igreja, clubes). Em complemento, um cinturão agropecuário, administrado pela própria empresa, supriria todas as necessidades alimentares dos trabalhadores e suas famílias. Conforme palavras do Brigadeiro, na “Cidade dos Motores” “não poderão viver a miséria, a fome, as doenças que a ciência sabe como destruir; (…) [ali] nenhum intermediário existe ou existirá entre a galinha e o consumidor, entre a vaca e a manteiga, entre o porco e a banha“.

- Em escala menor, o projeto foi efetivamente concretizado, inclusive a área rural anexa. Dada a incipiência da indústria metalmecânica brasileira da época, e conseqüentemente a baixa disponibilidade de mão-de-obra especializada, foi lenta a formação do quadro de pessoal. Os operários mais capacitados foram encontrados no Arsenal da Marinha e na Light, ambos no Rio de Janeiro; um contingente importante, de onde sairiam muitos mestres nas duas décadas seguintes, veio das Escolas Técnicas das capitais nordestinas; o restante teve que ser formado no dia-a-dia da prática. Em 1944, o Brigadeiro podia anunciar: “já possuímos hoje excelentes operadores, construindo peças da mais alta precisão, e que antes eram sapateiros, açougueiros ou empregados de balcão“. Foi neste quadro que, em 16 de abril daquele ano, dia do aniversário de Vargas, a FNM colocou em operação suas primeiras máquinas. Só em 1946, no entanto, finda a Guerra, a fábrica entrou em regime e completou seu primeiro motor, um Wright Whirlwind radial de nove cilindros e 450 cv.

- O fim da Guerra veio acompanhado do fim da ditadura de Vargas. Para a FNM foi um longo período de crise e indefinições, causado por uma conjunção de fatores. Com a desmobilização, grande quantidade de material bélico foi disponibilizada a preço simbólico pelos EUA. Perdida a (já por si reduzida) chance de comercialização externa dos seus motores aeronáuticos, a empresa constatou estar a FAB abarrotada de unidades novas em seu estoque, vendo assim desaparecer também o mercado interno. A luta foi igualmente dura na frente política; a base de apoio parlamentar do novo governo, assumidamente liberal, desencadeou campanha pelo encerramento da fábrica. Ainda no governo transitório, antes da posse do novo presidente, a empresa foi transformada em Sociedade Anônima, segundo o novo discurso oficial de reduzir o papel do Estado na economia; a produção de motores foi suspensa e os investimentos “sociais” quase eliminados, atingindo frontalmente o sonho da “Cidade dos Motores”. Em julho de 1946 a fábrica foi colocada à venda, sem encontrar compradores.

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FNM D-7300, o primeiro caminhão fabricado em série no Brasil.

- A pressão da oposição e da maioria da opinião pública, contudo, que viam na sobrevivência da FNM um fator de afirmação da soberania nacional, conseguiram mantê-la em operação, ainda que sem foco definido. Foi um triênio em que se tentou de tudo: da revisão de motores à produção de fusos para fiação, geladeiras e bicicletas, passando pela proposta de montagem de jipes Willys e caminhões Mack (neste caso, a empresa norte-americana exigiu o controle do capital da FNM) e o fornecimento de dez mil tratores para o Ministério da Agricultura; destes, que receberam o código MSTM, chegou a ser construído e testado um protótipo, nos EUA, segundo projeto da própria empresa.

Projetado pela FNM, o protótipo do trator MSTM foi uma das tentativas de sobrevivência da empresa no pós-guerra. Fonte da foto: Eduardo Nazareth Paiva

- Empresa pioneira, em paralelo com a produção de caminhões a FNM também fabricava peças para suprir o mercado de reposição, inclusive da concorrência (forneceu, dentre outras, para a Chevrolet, Ford e Willys); além disso, desempenhou importante papel na formação do parque nacional de autopeças, prestando assistência técnica (e até mesmo financeira) à nascente indústria nacional de componentes.

- Na primeira metade da década de 50 a empresa marcou presença em mais três iniciativas ligadas ao setor automotivo: em 1951, participou da construção do protótipo do Pinar, primeiro automóvel integralmente projetado no país; em 1954, mais uma vez ensaiou a fabricação de tratores, agora de origem Fiat (cerca de mil foram importados pela FNM, aos quais foram aplicados alguns componentes nacionais, mas a experiência se resumiu a isto); finalmente, em 1955, desenvolveu com a Massari o projeto do “papa-filas” – reboque com carroceria de ônibus, para 220 passageiros, acoplado a um cavalo-mecânico –,ingênua proposta de solução dos críticos problemas de transporte urbano das capitais brasileiras.

Tratores Fiat montados pela FNM entre 1954 e 1955. Fonte da foto: Eduardo Nazareth Paiva

- Para quem quiser continuar lendo toda a história da FNM segue a página da Lexicar Brasil -www.lexicarbrasil.com.br/fnm/ 

Fotos Antigas: Tratores Ferguson no desfile

- Dois tratores Ferguson desfilando provavelmente em Suzano-SP, durante alguma comemoração na cidade. Na faixa a saudação dos lavradores da cidade ao então Governador do Estado o Professor Lucas Nogueira Garces.

- Mesmo parecendo quase idênticos os Ferguson eram diferentes. O da esquerda com pneus dianteiros finos aro 19 era gasolina, já o da direita era modelo diesel, com pneus dianteiros aro 16. Ambos tratores ostentavam bandeira do Brasil em sua grade! Os lavradores parecem todos de descendência nipônica, os quais tinham preferência por tratores pequenos como os Ferguson ou Fordinhos.



sexta-feira, 27 de março de 2015

História: O trator mais antigo do Brasil parte II

- Durante a Showtec 2015 na cidade de Maracaju - MS, a ASCOMAR apresentou ao público presente seu mais novo "integrante" que por sinal é o segundo trator mais antigo do Brasil, movido a vapor!

- Segundo, porque no museu Matarazzo de Bebedouro-SP existe um trator a vapor datado de 1884 que já apareceu no blog nesta postatem: http://tratoresantigos.blogspot.com.br/2011/12/o-trator-mais-antigo-do-brasil.html

- O trator da ASCOMAR é um alemão da marca Gronemeyer & Banck datado de 1918! A empresa fundada em 1881 existe até hoje! O trator pertence a um fazendeiro do Mato Grosso do Sul, que o mantém desde que foi adquirido para abrir terras da fazenda na região. Após um acordo com o proprietário a ASCOMAR conseguiu trazer o trator para exposição no museu em Maracaju. 





quinta-feira, 26 de março de 2015

Fotos Antigas: Zetor e Allis Chalmers no desfile

- Belíssimas imagens de um desfile pelas ruas de Piracicaba-SP. Os caminhões, máquinas e tratores pertenciam a prefeitura municipal que aproveitou a ocasião para desfilar com todo o seu maquinário.

- Nestas fotos aparecem dois tratores Zetor 50 Super e um Allis Chalmers equipados com carregadeira frontal, certamente fabricada por alguma empresa da região ou da cidade. Nota-se que mesmo na época já existindo máquinas carregadeiras próprias, compensava-se converter um trator agrícola e usá-lo como uma máquina.

- As fotos vieram do álbum de fotos antigas do IHGP - Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba, no Flickr.






segunda-feira, 16 de março de 2015

Fotos Antigas: Fordson Major e Hanomag em Tupã-SP

- Duas belas imagens que reitirei das fotos de Eduardo Dantas no Panoramio, onde na primeira vê-se o Fordson Major arrastando um rolo compactador do tipo "pé de carneiro" e logo atrás uma motoniveladora Caterpillar, na terraplenagem para a construção do trevo principal de Tupã-SP.

- Se repararmos com atenção o fotógrafo estava sentado em um trator Ford 8-BR quando registrou o momento. Reparem no capô do trator que aparece na foto.


- Na foto abaixo duas máquinas de esteira Hanomag trabalhando na construção da estrada do Espigão na década de 60, também em Tupã. A estrada ligava BR 294 e a ferrovia.


Fotos Antigas: Valmet 110 da UFERSA

- Trator Valmet modelo 110, dos anos 70, que em algumas regiões recebeu o apelido de "Zé do Caixão" devido ao seu capô lembrar um caixão fúnebre. 


- O trator estava sendo engatado à um cultivador. Na foto ainda vemos um Massey Ferguson com uma rotativa, e um arado do lado direito.

- A fotografia ilustra a inauguração do Centro de Treinamento de Operadores de Máquinas Agrícolas "Lourenço Vieira" da UFERSA - Universidade Federal Rural do Semi Árido, em 1976. A foto veio da página da universidade: www2.ufersa.edu.br/portal/reitoria/648

sexta-feira, 13 de março de 2015

Fotos Antigas: Zetor 50 desfilando em Cardoso - SP


- Trator Zetor Super 50 da antiga Tchecoslováquia desfilando na cidade de Cardoso - SP. Na foto o zetor puxava a carreta com a rainha do primeiro grupo escolar da cidade, certamente desfile de aniversário do município.

- A foto veio do álbum Fotos Antigas de Cardoso no Flickr.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Fotos Antigas: Caterpillar abrindo estradas em Londrina - PR

- As primeiras demarcações de lotes e estradas de Londrina, datam de 1932. A julgar pelo carro que aparece na foto, e pela Caterpillar, esta foto é da década de 30!

- Nas primeiras áreas abertas pela Companhia de Terras do Norte do Paraná a pequena máquina de esteira (mas grande para época) arrastava duas plainas, além da carreta com provisões para os trabalhadores. O carro na foto certamente pertencia ao engenheiro, que aparece na foto ao lado do tratorista da Caterpillar Twety Two.

- A foto veio do blog: História de Londrina do José Carlos Farina.

- Talvez esta seja a mesma máquina que apareceu nesta postagem: http://tratoresantigos.blogspot.com.br/2014/01/fotos-antigas-caterpillar-e.html


segunda-feira, 9 de março de 2015

Fotos Antigas: Fordson Major dos Belgas

- Aproveitando as fotos da última postagem, encontrei no Flickr o álbum: Exposição, os Belgas em Botucatu e dele retirei a bela imagem onde vemos os agricultores tendo a sua frente um trator Fordson Major que já mostrava seus sinais de uso, como a grade amassada, o escapamento e os pneus dianteiros diferentes.

- A fotografia faz parte de uma mostra em comemoração sobre as famílias de Belgas que vieram para o Brasil na década de 60, naquela região.