segunda-feira, 27 de abril de 2015

Fotos Antigas: Revenda MALVES - Anacleto O. Agostini

- Surpreendentes estas imagens de tratores e máquinas esteiras Malves, sendo algumas já coloridas. As fotos são do revendedor Malves para Santa Catarina, Anacleto O. Agostini, e foram gentilmente cedidas pelo sr. Carlos R. Agostini ao amigo Edson B. Vidal, do blog Heavy Machinery Museum, quem nos enviou as fotos.

- Nas fotos podemos conferir os tratores Malves pequenos com motor 4 cilindros diesel. E os modelos 920 equipados com motor Mercedes 6 cilindros diesel. Algumas versões deste modelo saíram com tração nas quatro rodas. A Malves tinha um acordo com um fabricante de tratores do leste europeu onde ela importava transmissões e demais componentes e montava seus tratores aqui com motores nacionais.







 
 

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Fotos Antigas: BTW Urtrak em Pocinhos - PB

- Na última postagem comentei sobre a presença de tratores em regiões pouco comuns do Brasil, como o norte e nordeste, nas décadas de 50 e 60. Aproveitando o gancho, posto hoje as fotos de um raro trator de esteiras da marca alemã no período socialista BTW Urtrak, na cidade de Pocinhos na Paraíba.

- A fotografia retrata o momento da chegada do trator após sua compra pelo então prefeito José Alves. Na outra foto, o mesmo trator um pouco já modificado pelos anos de serviço para a prefeitura municipal. A última foto mostra o que parece ser uma motoniveladora Caterpillar mas diferente das que costumamos ver por aí.

- As imagens vieram da página Retalhos Históricos de Pocinhos.


 

terça-feira, 14 de abril de 2015

Fotos Antigas: O Oliver dos padres

- A primeira impressão que tive ao ver esta foto, foi me perguntar o que o padre de batina fazia ali junto ao trator e o arado. Depois notei que o tratorista também usava batina!!! Foi então que a descrição da foto explicou tudo: "... frades Franciscanos arando terras nos campos da Fazenda São Paulo dos Padres, no sertão de Canindé, 1960."

- Além da foto provar que regiões do norte e nordeste tiveram presença de tratores na agricultura nas décadas de 40, 50 e 60, a imagem também mostra algo um pouco incomum: um trator sendo operado por frades, e pertencente a fazenda dos padres.

- A foto que retirei da página: memoriasdecaninde.blogspot.com ilustra um trator Oliver 88 arrastando o arado de 4 discos, em Canindé-CE.


- Abaixo, duas fotos de um artigo que retirei da mesma página, onde aparece talvez o mesmo Oliver (ou quem sabe outro igual) rebocando uma carreta produzida em Canindé.


quinta-feira, 9 de abril de 2015

Fotos Antigas: Oliver no trânsito de Assaí - PR

- Em uma cena diferente do seu cotidiano, ao invés dos campos de terra, o Oliver 55 contracenava com os carrões do trânsito da pequena Assaí, no Paraná. Lá no fundo ainda é possivel ver outro trator estacionado.

- Uma bela foto ilustrando o cotidiano das cidades rurais na década de 50. A imagem veio da página do Facebook - Memória de Assaí - Fotos Antigas


- Curiosamente a foto abaixo que retirei da mesma página, nos mostra o rolo compressor a vapor trabalhando onde pode ser a mesma rua e local da foto acima (reparem o prédio atrás do trator). Mais legal ainda em saber que este rolo compressor ainda existe e hoje está preservado em uma praça da cidade de Assaí.



segunda-feira, 6 de abril de 2015

Fotos Antigas: Desfile de tratores Fordson em Martinópolis-SP


- Bonita foto de um desfile realizado pela então concessionária Ford Jomar, na cidade de Martinópolis - SP. Na foto a fila de "Majores" é extensa, passando de dez Fordson Major que podem ser contados na imagem.

- Se levarmos em conta ser um desfile promocional da concessionária, os tratores seriam todos novos ou recém adquiridos pelos agricultores, e a foto seria datada como final dos anos 50 ou até início  da década de 60.

- A imagem foi gentilmente enviada pelo leitor do blog sr. Vitor Hugo, e pertence ao acervo do jornalista e escritor sr. José Carlos Daltozo.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

História: O protótipo de trator F.N.M.

*** Texto e fotos retiratos da página www.lexicarbrasil.com.br com algumas alterações.

*** Nota deste blog: O resumo de uma longa história envolvendo até a Guerra Mundial com a fabricação de tratores no Brasil além de uma rara e curiosa foto do modelo que poderia ter sido o primeiro trator brasileiro pra mim foi novidade e surpresa, que graças ao belo site Lexicar, podemos compartilhar essas informações!

A F.N.M. - Fábrica Nacional de Motores foi fundada em 13 de junho de 1942, em plena 2ª Guerra Mundial, em Duque de Caxias (RJ), com o objetivo de fabricar motores de aviões, razão que se perdeu em 1945, com o final do conflito. Após alguns anos de indefinição, em 1949 a FNM iniciou a fabricação de caminhões pesados, tornando-se, assim, a primeira indústria automobilística do país.

- Os primeiros capítulos desta história se desenvolveram durante o Estado Novo, período ditatorial do primeiro governo de Getúlio Vargas. Tiveram início, mais precisamente, em outubro de 1938, através da portaria do Ministério da Viação e Obras Públicas nomeando o engenheiro aeronáutico Antônio Guedes Muniz para “estudar e propor os meios para o estabelecimento de uma fábrica de motores de avião” no país. Embora a decisão tenha sido rápida, já em 1940 sendo liberada a parcela de recursos destinada ao detalhamento do projeto, o início da Guerra retardou o processo, especialmente as negociações com a norte-americana Wright, empresa escolhida para fornecer a tecnologia dos motores aeronáuticos. A questão só foi equacionada em 1943, durante o encontro entre Vargas e o presidente dos EUA, quando foi barganhada a entrada do Brasil na Guerra, junto dos “Aliados”, em troca do apoio norte-americano ao reequipamento das Forças Armadas e à implantação da Companhia Siderúrgica Nacional e da FNM: no bojo da discussão estava o aval à fabricação local dos motores Wright, operação coincidentemente de interesse dos EUA, em função da vantagem de dispor de um fornecedor de motores aeronáuticos localizado em área segura, distante da Europa e Ásia conflagradas.

Um país agrário fabricando motores de aviões?

- A FNM nasceu, assim, sob a égide militar: o perímetro onde foi instalada foi considerado área de segurança nacional e a ela foi aplicado o Regulamento das Forças Armadas. Seus trabalhadores receberiam certificado de serviço militar, significando, portanto, serem operários “incorporados”; o abandono do emprego era considerado deserção. O projeto aprovado pelo governo era ambicioso, prevendo a instalação de três indústrias contíguas: a fábrica de motores aeronáuticos (FNM), a Fábrica Nacional de Tratores (cujos planos chegaram a ser preparados ainda antes do final da Guerra, porém não implantados) e a Fábrica Nacional de Aviões de Transporte. Além do papel simbólico que o empreendimento representava – uma indústria avançada num país atrasado tecnologicamente – as três unidades se pretendiam (bem de acordo com o discurso ideológico parafascista do primeiro governo Vargas) uma “escola de formação do trabalhador brasileiro” e um importante instrumento para a criação do “homem novo”.

- Dirigida pelo (já então Brigadeiro) Guedes Muniz, o empreendimento foi concebido para servir de modelo do que seria um projeto nacional de cidade Industrial autosustentada – a “Cidade dos Motores”. Nela, em torno do parque industrial (com as principais seções instaladas no subsolo, com ar condicionado e iluminação artificial, protegendo-as de remotos bombardeios) seriam construídas vilas habitacionais para “vinte a vinte e cinco mil habitantes“, com todos os serviços necessários à vida urbana (escola, assistência médica, comércio, igreja, clubes). Em complemento, um cinturão agropecuário, administrado pela própria empresa, supriria todas as necessidades alimentares dos trabalhadores e suas famílias. Conforme palavras do Brigadeiro, na “Cidade dos Motores” “não poderão viver a miséria, a fome, as doenças que a ciência sabe como destruir; (…) [ali] nenhum intermediário existe ou existirá entre a galinha e o consumidor, entre a vaca e a manteiga, entre o porco e a banha“.

- Em escala menor, o projeto foi efetivamente concretizado, inclusive a área rural anexa. Dada a incipiência da indústria metalmecânica brasileira da época, e conseqüentemente a baixa disponibilidade de mão-de-obra especializada, foi lenta a formação do quadro de pessoal. Os operários mais capacitados foram encontrados no Arsenal da Marinha e na Light, ambos no Rio de Janeiro; um contingente importante, de onde sairiam muitos mestres nas duas décadas seguintes, veio das Escolas Técnicas das capitais nordestinas; o restante teve que ser formado no dia-a-dia da prática. Em 1944, o Brigadeiro podia anunciar: “já possuímos hoje excelentes operadores, construindo peças da mais alta precisão, e que antes eram sapateiros, açougueiros ou empregados de balcão“. Foi neste quadro que, em 16 de abril daquele ano, dia do aniversário de Vargas, a FNM colocou em operação suas primeiras máquinas. Só em 1946, no entanto, finda a Guerra, a fábrica entrou em regime e completou seu primeiro motor, um Wright Whirlwind radial de nove cilindros e 450 cv.

- O fim da Guerra veio acompanhado do fim da ditadura de Vargas. Para a FNM foi um longo período de crise e indefinições, causado por uma conjunção de fatores. Com a desmobilização, grande quantidade de material bélico foi disponibilizada a preço simbólico pelos EUA. Perdida a (já por si reduzida) chance de comercialização externa dos seus motores aeronáuticos, a empresa constatou estar a FAB abarrotada de unidades novas em seu estoque, vendo assim desaparecer também o mercado interno. A luta foi igualmente dura na frente política; a base de apoio parlamentar do novo governo, assumidamente liberal, desencadeou campanha pelo encerramento da fábrica. Ainda no governo transitório, antes da posse do novo presidente, a empresa foi transformada em Sociedade Anônima, segundo o novo discurso oficial de reduzir o papel do Estado na economia; a produção de motores foi suspensa e os investimentos “sociais” quase eliminados, atingindo frontalmente o sonho da “Cidade dos Motores”. Em julho de 1946 a fábrica foi colocada à venda, sem encontrar compradores.

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FNM D-7300, o primeiro caminhão fabricado em série no Brasil.

- A pressão da oposição e da maioria da opinião pública, contudo, que viam na sobrevivência da FNM um fator de afirmação da soberania nacional, conseguiram mantê-la em operação, ainda que sem foco definido. Foi um triênio em que se tentou de tudo: da revisão de motores à produção de fusos para fiação, geladeiras e bicicletas, passando pela proposta de montagem de jipes Willys e caminhões Mack (neste caso, a empresa norte-americana exigiu o controle do capital da FNM) e o fornecimento de dez mil tratores para o Ministério da Agricultura; destes, que receberam o código MSTM, chegou a ser construído e testado um protótipo, nos EUA, segundo projeto da própria empresa.

Projetado pela FNM, o protótipo do trator MSTM foi uma das tentativas de sobrevivência da empresa no pós-guerra. Fonte da foto: Eduardo Nazareth Paiva

- Empresa pioneira, em paralelo com a produção de caminhões a FNM também fabricava peças para suprir o mercado de reposição, inclusive da concorrência (forneceu, dentre outras, para a Chevrolet, Ford e Willys); além disso, desempenhou importante papel na formação do parque nacional de autopeças, prestando assistência técnica (e até mesmo financeira) à nascente indústria nacional de componentes.

- Na primeira metade da década de 50 a empresa marcou presença em mais três iniciativas ligadas ao setor automotivo: em 1951, participou da construção do protótipo do Pinar, primeiro automóvel integralmente projetado no país; em 1954, mais uma vez ensaiou a fabricação de tratores, agora de origem Fiat (cerca de mil foram importados pela FNM, aos quais foram aplicados alguns componentes nacionais, mas a experiência se resumiu a isto); finalmente, em 1955, desenvolveu com a Massari o projeto do “papa-filas” – reboque com carroceria de ônibus, para 220 passageiros, acoplado a um cavalo-mecânico –,ingênua proposta de solução dos críticos problemas de transporte urbano das capitais brasileiras.

Tratores Fiat montados pela FNM entre 1954 e 1955. Fonte da foto: Eduardo Nazareth Paiva

- Para quem quiser continuar lendo toda a história da FNM segue a página da Lexicar Brasil -www.lexicarbrasil.com.br/fnm/ 

Fotos Antigas: Tratores Ferguson no desfile

- Dois tratores Ferguson desfilando provavelmente em Suzano-SP, durante alguma comemoração na cidade. Na faixa a saudação dos lavradores da cidade ao então Governador do Estado o Professor Lucas Nogueira Garces.

- Mesmo parecendo quase idênticos os Ferguson eram diferentes. O da esquerda com pneus dianteiros finos aro 19 era gasolina, já o da direita era modelo diesel, com pneus dianteiros aro 16. Ambos tratores ostentavam bandeira do Brasil em sua grade! Os lavradores parecem todos de descendência nipônica, os quais tinham preferência por tratores pequenos como os Ferguson ou Fordinhos.